Histórico
As origens da Fiocruz remontam ao início do século XX com a criação do Instituto Soroterápico Federal em 25 de maio de 1900 com o objetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste. Em 19 de março de 1908 em homenagem a Oswaldo Cruz, passou a chamar-se Instituto Oswaldo Cruz e a atender às solicitações governamentais, realizando expedições científicas pelo interior do país, permitindo o cumprimento de acordos internacionais, combatendo os grandes problemas da saúde pública brasileira. Nesse cenário, atendendo à preeminência do conhecimento científico no desenvolvimento e transmissão das doenças, foi formada a Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz (CEIOC), na qual listavam 98 espécies de mosquitos, 145 espécies de mutucas e 40 espécies de carrapatos. Este foi o embrião do que viria a se tornar a Coleção Ixodológica em 1909 e posteriormente a CAVAISC iniciada em 1992, e reconhecida institucionalmente em 2008, pela Fiocruz. O acordo de colaboração firmado entre o IOC e a Fundação Rockfeller, no início do século XX, para pesquisas com vetores potenciais de febre amarela, que na época acreditava-se que incluiria o carrapato, o que contribuiu para o melhor conhecimento dos ixodídeos. Henrique de Beaurapaire Rohan Aragão, que inicialmente era protozoologista, resolveu estudar os vetores, com objetivo entender a transmissão dos bioagente por este vetor, o que proporcionou o estudo, a estruturação e a formação da coleção de carrapatos. Em que pese o registro de diferentes espécies coletadas no final do século XIV (1894) até o início da década de trinta do século passado, a Coleção Ixodológica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) foi institucionalmente estabelecida a partir de aquele período, por Henrique de Beaurapaire Rohan Aragão, com estudo morfológico dos carrapatos no Brasil e descrição de várias novas espécies. Desta maneira a coleção contribuiu para o melhor conhecimento da sistemática dos ixodídeos já no início do século passado, e paralelamente do potencial de esses artrópodes em ciclos enzoóticos e epidêmicos.11. Amblyomma rhinocerotis depositada em 1954 (Coleção Histórica), 12. Amblyomma cajennense (Seção Ixodológica a partir de 1992).
13. Coleção de carrapatos alóctones em meio liquido, 14. Seção Siphonaptera: pulga em montagem de lâminas,
15. Seção Acarológica: ácaros em montagem de lâminas, 16. Seção Ixodológica: em alfinete entomológico.